CELSO DE MELLO
INTERNADO EM BRASÍLIA
Desde
a quarta-feira (12), o ministro Celso de Mello está internado no Hospital Santa
Luzia, em Brasília. Na
terça-feira, o ministro estava com uma forte gripe e com suspeitas de
pneumonia. No entanto, uma tomografia realizada pelos médicos do hospital
afastaram esta hipótese. Mas ele continua sendo tratado com antibióticos, em
razão de uma febr e que apareceu no
início da semana. Na quarta-feira, Celso de Mello deveria dar o voto de desempate
na questão constitucional sobr e a competência para afastar parlamentares condenados
criminalmente. Existe uma controvérsia no Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do Mensalão. Quatro ministros
entendem que é competência da casa legislativa. Outro quatro, presentes no
plenário, foram votos divergentes e
afirmam que esta competência é do Supremo Tribunal Federal. O voto de desempate
da questão deverá ser dado pelo ministro Celso de Mellol. Segundo consta, o
ministro tatuiano está com o voto pronto e revisado desde o início da semana.
Os médicos recomendam que ele permaneça internado por um prazo mínimo de 48
horas. As sessões do Mensalão desta semana foram adiadas. Ele espera estar no plenário da Suprema Corte
na segunda-feira (17) ou no máximo na quarta-feira (19), última sessão plenária
do ano, para decidir esta questão.
CONDENADOS DEVEM
RESSARCIR COFRES PÚBLICOS
Na
sexta-feira (7), em visita à sala de imprensa do STF (foto acima), o ministro Celso de Mello
afirmou a jornalistas dos principais meios de comunicação do País que, além das
multas, os condenados pela Ação Penal 470 (mensalão) poderão ser obr igados a devolver ao erário público o dinheiro
desviado pelo esquema que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal. O
ministro tatuiano revelou que nesta semana deveria propor ao tribunal que
defina o montante mínimo a ser ressarcido pelos condenados. A partir deste
valor proposto pelo STF, o Ministério Público pode mensurar com precisão quanto
deverá ser devolvido. Ao ser questionado por um jornalista, o ministro Celso de
Mello entende que os réus podem, solidariamente, ressarcir o erário ou o Estado
cobr a o pagamento dos condenados que
possuem patrimônio compatível para saldar o débito. Felipe Recondo, do jornal O
Estado de São Paulo, informou que o ministro Carlos Ayres Britto, aposentado
recentemente do STF, havia estimado que os integrantes do Mensalão causaram um
prejuízo de R$ 153 milhões aos cofres públicos. Ao somar este valor aos R$ 22,7
milhões de multas aplicadas no decurso do processo, os condenados deverão
devolver quase R$ 180 milhões à União.
EM BRASÍLIA
No último fim de semana, o ministro
Celso de Mello recebeu, em Brasília, seus amigos José Rubens do Amaral Lincoln,
José Erasmo Negrão Peixoto e o jornalista José Reiner Fernandes. Os tatuianos
tiveram oportunidade de conhecer as dependências do Supremo Tribunal Federal
(STF) e a TV Justiça. A visita foi acompanhada pelo ministro Celso de Mello e
os convidados recebidos pelo jornalista Wellington Geraldo Silva, secretário de
Comunicação Social, nomeado pelo presidente Joaquim Barbosa. Em todos os locais
– tanto no STF como em locais públicos -
eram grandes os apelos para que o ministro tatuiano permaneça na Suprema
Corte e não se aposente no próximo ano,
como ele pretende. Na foto, José Erasmo, Ana Paula e Áurea Moreira, assessoras do ministro.
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