Renê Fernandes (FGV/SP) e MEDALHA DE OURO DO IDEA TO PRODUCT PARA O BRASIL
http://www.ideatoproduct.org/global/
O grupo de pesquisa interdisciplinar Nanoita, formado dentro da incubadora tecnológica vinculada à UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), trouxe um título inédito para o País. Após deixar para trás 27 empresas brasileiras na versão latino-americana do Idea to Product (Da Idéia Ao Produto), organizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) no mês de setembro, em São Paulo, o time partiu para o Texas, onde conquistou, no dia 31 de outubro, o primeiro lugar nesta importante competição de inovação e empreendedorismo, a melhor colocação de uma equipe brasileira em uma disputa do gênero.
Equipe orientada por tatuiano
Orientado por Renê José Rodrigues Fernandes, diretor de projetos do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV, e pelos professores Sergio Tebcherani (UEPG), José Arana Varela e Elson Longo (ambos da UNESP -Universidade Estadual Paulista) – o doutorando da UNESP, Thiago Sequinel, apresentou um processo que torna cerâmica comum em poderoso instrumento para controle de infecção hospitalar que permite fixar dióxido de titânio com propriedades bactericidas em cerâmicas e azulejos.
Invenção e inovação
“A competição tem como objetivo encurtar o caminho entre a invenção e a inovação para o uso da sociedade. Conseguimos demonstrar que as tecnologias desenvolvidas nos laboratórios de universidades podem chegar ao mercado como produto ou serviço de utilidade prática, colaborando para a geração de emprego e renda para o País”, ressalta Renê Fernandes, que participou do projeto na segunda etapa da conquista e responsável pela edição latino-americana do Idea to Product.
Melhor de quatro continentes
O produto do Nanoita, considerado o melhor entre outros apresentados por 15 universidades da Ásia, Europa, America do Norte e America do Sul, visa explorar o mercado de hospitais e clínicas de saúde, que segundo dados da Anfacer (Associação Nacional de Fabricantes de Cerâmica para Revestimento), apresenta um potencial de US$ 20 bilhões no Brasil e US$ 26,5 bilhões nos Estados Unidos.
Thiago sente-se recompensado
“Receber este prêmio foi imensamente gratificante, pois viemos trabalhando o conceito desde os tempos de iniciação científica. Quando decidimos participar das competições, há quatro meses, dedicava cerca de 4 horas/dia aos estudos. Jamais pensei que pudéssemos conquistar esta posição e unir as áreas de tecnologia e inovação para tornar o projeto em realidade. E este é o próximo passo, formar uma equipe para que possamos colocar isso em prática”, diz Thiago Sequinel, líder dos estudos. Além do prêmio em dinheiro recebido da organização do evento, a pesquisa será transformada em produto e viabilizada comercialmente. Logo após o retorno ao Brasil no início deste mês, algumas empresas do setor de cerâmica já demonstraram interesse em outras informações sobre o licenciamento e compra do projeto e para isso, Thiago continuará contando com o apoio dos professores orientadores no processo tecnológico, de Rene para o desenvolvimento de negócios, e da empresa Itajara Minérios, co-detentora da patente.
Sobre o Idea to Product Latin America
Diferentemente dos tradicionais campeonatos de planos de negócios, na Idea to Product® Latin America as equipes são responsáveis por apresentar um produto ou uma tecnologia inovadora e única, de modo a atingir as necessidades de um público-alvo específico, definido pela própria equipe. Este novo conceito busca ocupar o espaço entre a invenção que surge no meio acadêmico e a criação de novos negócios. A ideia é fazer com que os estudantes elaborem o conceito do seu produto e expliquem o motivo pelo qual ele é inovador, além de definir e descrever o seu público-alvo, provando sua aplicabilidade prática. Após esta etapa, eles são julgados por especialistas em tecnologia, representantes dos patrocinadores com fluência nas áreas específicas e investidores de venture capital. A última edição da competição contou com a participação de diversas escolas do Brasil, trazendo a São Paulo alunos de cursos técnicos, graduação e pós-graduação de diferentes escolas. O primeiro colocado foi beneficiado com passagens para participar da final global no Texas, onde concorreu a um prêmio em dinheiro e consultoria do FGVcenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getulio Vargas) para a elaboração de um plano de negócios.
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Processo que torna cerâmica comum em importante instrumento para controle de infecção hospitalar foi o vencedor da competição que reuniu universidades da Ásia, Europa, América do Norte e América do Sul.
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